Aedes aegypti é o principal vetor de diversos vírus, como Dengue, Chikungunya e Zika. Estudos apontam que repelentes, como o N,N-dietil-3-metilbenzamida (DEET), são amplamente utilizados para proteção contra picadas por mais de 60 anos, e o uso intensivo e prolongado pode reduzir a sensibilidade de populações de mosquitos. Os óleos essenciais (OE) de plantas com efeito repelente podem proporcionar desenvolvimento de novos produtos com diferentes princípios ativos e auxiliar no controle da transmissão das arboviroses. O objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade repelente de OE de plantas da flora brasileira para prevenção de picadas de vetores. Os bioensaios com OE seguiram as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para testes em pele humana. Foram testadas sete concentrações cumulativas que representam 0,1; 0,5; 1,5; 3; 5; 7,5; 10% do óleo, além do controle inicial e final. As exposições duravam 30 segundos para cada concentração. A proteção dos compostos nos voluntários foi expressa pela proporção de número de pousos nos braços tratados em relação aos não tratados. Participaram 19 voluntários, sendo 3 homens e 3 mulheres para cada ensaio com cada OE, após descrição do estudo e assinatura do TCLE. Foram realizados testes com seis óleos essenciais das espécies Aloysia triphylla, Lippia alba, Cymbopogon winterianus, Cymbopongo citratus, Eucalyptus grandis e Ocimum gratissimum. Os dados foram tabulados e calculados no programa BioEstat 5.3, e comparados os grupos por seus índices de proteção e variabilidade dada pela mediana, primeiro e terceiro quartis. Os óleos de O. gratissimum, C. citratus, C. winterianus e A. triphylla apresentaram proteção superior a 90% em concentração de 3%, além de baixa variabilidade e proteção máxima com solução do óleo a 5%, mostrando-se promissores para o estudo de formulações repelentes. Os testes com óleo de L. alba e E. grandis foram os que apresentaram os menores resultados de proteção em comparação aos demais.
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Comissão Organizadora
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Carlos Thailan de Jesus Santos
Comissão Científica
Luciane Moreno Storti de Melo